“Fique em casa que ainda continuamos enviando os boletos” diz governantes para o entretenimento
Estamos em plena pandemia onde uma segunda onda do Covid-19 ainda assombra o Brasil. Em alguns estados ela ainda nem chegou, mas com toda a certeza ainda irá chegar! Evitar aglomerações é uma das principais formas para a não contaminação, além de tomar todas as medidas de prevenção orientadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mas agora vamos lá, o setor de entretenimento foi o primeiro a parar, meses após o início da pandemia no Brasil, o governo criou o Auxílio Emergencial, um benefício social para atender os brasileiros que sofreram e perderam seus empregos devido à pandemia. Embora o valor seja mais baixo que em outros países que também criara benefício semelhante, meses após a criação o valor foi reduzido pela metade.
O fim do “Auxílio Emergencial” que ocorreu em dezembro, deixou milhões de brasileiros desamparados, enquanto isso nos Estados Unidos o auxílio que antes era $600 passou a ser $2.000 dólares (equivalente a R$ 11.000,00 no Brasil). É claro que cada caso, seu caso, lá se trata de outra nação, outra política, outra carga tributária. A posição do Brasil, número 14 do ranking mundial de carga tributária, faz com que o povo brasileiro pague mais impostos de toda a América Latina.
“Fique em casa que ainda continuamos enviando os boletos” diz governantes para o entretenimento. O que fazer agora, sem auxílio, sem poder trabalhar e as dívidas só aumentando? O setor que entretenimento segundo a ABRAPE (Associação Brasileira de Promotores de Eventos) movimenta cerca de R$ 99 Bilhões por ano, e não para por aí, mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos, ou seja, o que estão fazendo os governantes para essas famílias que agora não tem renda para manter alimento na mesa?

Os boletos continuam chegando e nas poltronas confortáveis sob o ar condicionado de seus gabinetes, é fácil não se importar com o setor visto que seu salário continua caindo na conta, graças ao contribuinte! Resta uma única pergunta, o que fazer? Os artistas atualmente impedidos de trabalhar, usam suas redes sociais para merchandising, mas e a equipe como fica? Como se adaptar ao inadaptável? A liberação de eventos será possível? O Sistema único de Saúde (SUS) estaria preparado para atender a demanda? Algum benefício ao setor será criado? Bom, de fato a única certeza que tenho é de que em algum dia de todo mês os boletos vencem!
*Por ser um artigo opinativo, este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal O Título.