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Dia Mundial da Prematuridade alerta para cuidados oftalmológicos ainda na UTI neonatal

Além de problemas respiratórios e cardíacos, que são mais comuns, é necessária uma atenção especial à visão, ainda em desenvolvimento

Estamos na campanha Novembro Roxo e no próximo dia 17 é o Dia Mundial da Prematuridade. A data vem para reforçar ainda mais os cuidados com os bebês que nascem de forma antecipada, geralmente antes de 37 semanas de gestação, com informações sobre as consequências e as medidas preventivas que podem evitar que isso aconteça.

O alerta é importante pois, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), eles já são 15 milhões por ano, o que representa mais de um a cada dez recém-nascidos. Diante desse contexto, se torna necessário essa sensibilização em relação ao tema prematuridade, destacando os cuidados para uma gestação mais segura, com o acompanhamento médico e os exames para garantir saúde da mãe e do bebê. 

Quando o bebê nasce de forma antecipada, alguns problemas podem ser desenvolvidos já que alguns órgãos ainda não se desenvolveram por completo.  Além das complicações respiratórias e cardíacas, que são as mais comuns, há ainda possíveis problemas de visão. Isso porque, apesar dos olhos estarem aparentemente formados, a visão do bebê ao nascer segue em desenvolvimento.

Retinopatia da prematuridade, estrabismo (desvio ocular) e erros refrativos (miopia) são algumas doenças que podem acometer esses pequenos.  A retinopatia, por exemplo, de acordo com a oftalmologista Tatiana Brito, acontece quando a retina não se formou por completo, o que ocorre de maneira mais comum, em bebês nascidos com idade gestacional de 32 semanas ou menos.

“Esse é um tipo de problema que quanto antes diagnosticado, maiores as chances de evitar danos graves à visão, como até mesmo a cegueira”, explica. Para isso, exames aprofundados podem ser realizados diretamente na maternidade, onde também é possível fazer o tratamento ou cirurgia de forma imediata por um médico oftalmologista especializado e com equipamentos próprios.

Nesse tipo de diagnóstico, a oftalmologista Alessandra Rassi ressalta que o ideal é realizar todo atendimento, desde consulta, exames e procedimentos (caso necessário), na própria unidade hospitalar onde o recém-nascido está internado. “Fazer uma transferência, mesmo que em uma ambulância bem equipada, pode ser prejudicial à saúde desse bebê, que já nasce com uma sensibilidade maior”, alerta.

Nesse sentido, para que os prematuros tenham uma atenção ainda mais especial e, principalmente, buscando diminuir o número de casos de problemas de visão e de cegueira que, até então, só crescem, o projeto Retina Pediátrica oferece esse tipo de atendimento. Médicas oftalmologistas especializadas vão até os hospitais, mais precisamente aos leitos de UTI neonatal, para uma consulta completa, utilizando equipamentos próprios e específicos para uma avaliação total da visão dos recém-nascidos.

Tudo isso para um diagnóstico preciso e tratamento adequado, seja qual for o caso. Mais do que o atendimento em si, o projeto visa, acima de tudo, informar pais, pediatras, planos de saúde e unidades hospitalares sobre a necessidade desses cuidados, fundamentais para evitar danos à visão dos pequenos.

Conheça as médicas especialistas:

Dra. Tatiana Brito – CRM-GO 8521 / RQE 5557

Oftalmologista especialista em diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas à retina e vítreo. Realiza cirurgias de catarata. Dedica-se também à retinopatia da prematuridade, fazendo acompanhamento oftalmológico necessário a bebês prematuros ou que nasceram abaixo do peso. Atende pacientes diretamente em UTIs, realizando exames específicos. É colaboradora do Departamento de Retina do Centro de Referência em Oftalmologia da UFG (CEROF). Também realiza consulta e tratamentos no Hospital de Olhos de Goiânia, um centro médico de referência em tratamentos de doenças oculares na região Centro-Oeste.

Dra. Tatiane Brito – Oftalmologista

Dra. Alessandra Thome Rassi – CRM-GO 15182 / RQE 10055

Oftalmologista formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), atende na área de retina, incluindo a pediátrica, e realiza cirurgias de catarata. Especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e com especialização em retina pediátrica pelo Beaumont Hospital (Michigan, Estados Unidos). Atua no tratamento da retinopatia da prematuridade e doenças vitreorretinianas pediátricas, além de ser colaboradora do Departamento de Retina do Centro de Referência em Oftalmologia da UFG (CEROF). Também realiza atendimentos no Instituto Panamericano da Visão, um centro médico de referência em tratamentos de doenças oculares na região Centro-Oeste.

Dra. Alessandra Rassi – Oftalmologista